É sabido que possuímos mais bactérias no corpo do que células e que essas elas são fundamentais para manutenção de nossa saúde. Fica nítido então, que o uso indiscriminado de antibióticos traz prejuízos a saúde.
Cada vez mais as indicações para uso de antibióticos serão restringidas e aprender a ponderar os riscos e benefícios para cada situação clínica passou a ser um fator primordial na prática odontológica embasada cientificamente.
Uma velha premissa que escutamos com muita freqüência é que diante de quaisquer acúmulos purulentos se faz necessário o uso de antibióticos. A analogia que podemos fazer é a seguinte: você tem um espinho encravado no dedo do pé. Está doendo e latejando. Começa a formar um abscesso (acúmulo de pus). Diante disso, o que é mais racional: ministrar antibiótico ou remover o espinho e resolver de uma vez o problema?
Perceba que o acúmulo de pus é secundário a causa do problema (o espinho). A remoção da causa (retirada do espinho) é mais importante que o tratamento das consequências do espinho (acúmulo de pus). Esse simples exemplo carrega um conceito chave e devemos ter isso em mente ao avaliarmos os nossos pacientes.
O acúmulo de pus por si só não é indicação para antibioticoterapia em todos os pacientes. A remoção da causa é o principal tratamento e, por si só, pode tornar o uso do antibiótico desnecessário, principalmente em pacientes saudáveis.
Esse conceito eu aprendi na prática e no vídeo abaixo compartilho com você esse aprendizado.
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